O
post de hoje esta mais para
A Desolada da Bienal do que desencanada, afinal esse era o tão esperado dia em que finalmente teria a felicidade de conhecer e trocar algumas poucas palavras com o que costumeiramente chamo de meu pai literário, o
Nicholas Sparks. Meu dia já começou tenso, porque tive pesadelo de que não conseguia pegar a senha para nada, autógrafo, palestra nada (o que eu não esperava era que parte do sonho seria realidade), acordei das 6 da manhã e já comecei a me arrumar, quando a
Laila viu minha agonia e ansiedade já me despachou para a
Bienal sozinha. Chegando lá fui direto para o
stand da
Editora Arqueiro/Sextante e era a segunda da fila feliz da vida porque meu sonho se tornaria realidade (ledo engano).
Saindo com a minha senha feliz e contente me dirigi para o local onde aconteceria a palestra com o escritor para garantir também minha senha, a
Laila estava me esperando lá para guardar lugar, porque antes disso eu dei uma paradinha na
Editora Intrínseca para pegar a senha de autógrafos do
Matthew Quick, mas fui salva pelo
Alexandre que se prontificou a ficar no meu lugar na fila sabendo o quão ansiosa eu estava para conseguir a senha da palestra com o
Sparks.
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Laila, Alexandre e eu. |
Foi ai que meu pesadelo se tornou realidade (já aviso que a partir desse ponto vem uma maratona de reclamações e lamentações portanto se quiserem pular esse imenso paragrafo fiquem a vontade). Seriam distribuídas 400 senhas e antes mesmo das 10 horas já tinha mais de 500 pessoas na fila, mas a
Fagga (organizadora do evento) informou que deveríamos aguardar até as 11:00 para a retirada das senhas (ainda estou sem entender o porque, mas...). Por volta das 10:30 algum dos organizadores do evento teve a brilhantíssima ideia de sair com um megafone e anunciar que seriam distribuídas 800 senhas para autógrafo (oi? e a fila que eu tinha pego antes serviu para que?), ai começou uma confusão moderada, que poderia ter sido evitada se eles tivessem distribuído as 800 senhas sem dizer absolutamente nada. Mas não para por aí. Logo após esse ocorrido o
Nicholas Sparks chegou no espaço os organizadores com uma ideia mais brilhante do que a anterior resolveram abrir as portas do espaço para que ele desse um singelo tchauzinho para os fãs na fila (alguém me explica porque fazer isso quando já esta acontecendo confusão na fila?), a partir daí os cordões de isolamento haviam sido retirados pelas pessoas da fila e não existia mais qualquer separação, apenas os suportes (olha o perigo). Não bastasse tudo isso, quando a confusão já estava fugindo dos controles dos organizadores do evento uma pessoa surge com a ideia mais brilhante de todas que presenciei, gritar mais uma vez no megafone que o escritor autografaria os livros de todos, ai galera, a merda estava feita, começou um empurra empurra ensadecido, nós que estávamos perto da porta fomos praticamente lançados para frente por uma multidão descontrolada, os seguranças do evento nada fizeram a não ser pedir para que nós, que estávamos na frente sendo empurrados involuntariamente, fossemos para trás (COMO????) e ai virou a maior confusão,
Laila e eu nos agarramos em um estado beirando ao pânico e começamos a pedir para sair dali, a organização do evento não nos deixava sair pela frente (que seria o mais fácil e lógico), não conseguíamos sair por trás porque era a partir de lá que vinha o empurra empurra, até que as pessoas do nosso lado que nos escutaram falando igual umas doidas que queríamos sair começaram a abrir espaço nas laterais e então finalmente conseguimos sair daquela loucura. Sai de lá nervosa com a situação, quase fui machucada porque em um determinado momento um dos suportes dos cordões de isolamento foi parar entre minhas pernas, se não fosse a
Laila me ajudar eu teria certamente me machucado porque não consegui me virar sozinha, e chateadíssima (de verdade mesmo gente) por ter aberto mão da oportunidade de finalmente conhecer um dos meus escritores favoritos, mas na boa gente, não tenho mais saco, paciência e até mesmo idade para me submeter a coisas como essas e para me preservar inteira (porque se continuássemos ali certamente teríamos nos machucado, nem que levemente), resolvi abrir mão do principal motivo de eu estar aqui na Bienal. Além de tudo isso observamos que a organização do evento cometeu um gravíssimo erro colocando a fila de modo a bloquear a saída de emergência mais próxima (ou seja, se a merda fosse maior o risco de desastre era eminente)
Enfim, a vida continua e embora eu esteja chateada pra caramba contudo isso, afinal a senha que eu me esforcei para pegar, de modo a garantir meu breve momento com o escritor não serviu de absolutamente nada, pois nem prioridade nos autógrafos os que tinham senha receberam, fica aqui meu desabafo e frustração (pronto gente, acabou a reclamação, podem voltar a ler).
Abortada a missão
Nicholas Sparks fui afogar minhas mágoas na
Novo Conceito comprando o lançamento da
Emily Giffin para autografar (nesse momento percebemos que o 3G não estava operando devidamente o que impossibilitava a comunicação entre celulares - como troca de
whatsaap- e operações de compras nos
stands com cartão de crédito/débito), mas acabei pedindo pra a
Laila levar para autógrafo, visto que minha senha era quase 400 e a dela era menos do que 50, já não tinha mais ânimo para enfrentar qualquer fila.
Então segui para o
Café Literário com
Matthew Quick (o que animou meu dia),
Flávio Carneiro e
Socorro Acioli. Sem dúvida essa foi a melhor palestra que tive o prazer de assistir até o momento, os escritores falaram sobre escrita e definição de público e leitor, simplesmente fantástico, e
Matthew garantiu ainda mais meu carinho por ele como escritor ao contar uma linda história de vida (acho que estava emotiva demais hoje e acabei chorando). Então segui para a sessão de autógrafos dele, afinal eu precisava ter meu
O Lado Bom da Vida autografado, infelizmente foi super rápido e, diferente de ontem nem deu para bater um papo com ele ou até mesmo tirar uma foto.
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Fonte: Foto publicada no Facebook da Intrínseca |
Depois de alguns encontros e desencontros seguimos para o #acampamento na Bienal (que além de continuar com o problema de acústica ainda contamos com uma microfonia irritante até mesmo para o escritor que fez piadinhas para esconder o desconforto com a situação) com
Raphael Draccon que estava bastante cheio, o escritor falou sobre sua trajetória, como conseguiu mostrar um diferencial para conseguir atenção das editoras para sua publicação e como é a vida de um escritor e editor. Ao terminar fui novamente no
stand da
Editora LeYa para tentar garantir o box com a nova edição de capas de
Dragões de Éter, só que mais uma vez não tinha o box para venda, somente os volumes I e II com as capas de
Marc Simonetti então fiquei sem, mas aproveitei para bater um papo e tirar uma foto com a
Carolina Munhóz.
Saldo de hoje:
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Frustração em forma de senha |
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Brindes e mimos recebidos |
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Compra + autógrafo |
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Autógrafo |
E esse foi meu trágico mas não tão trágico dia de Bienal, confesso que ainda estou bastante chateada como o ocorrido, porém conformada, afinal não posso mudar o que já aconteceu, então me resta mesmo é curtir o que for possível. Amanhã tem mais.