Livros: Laranja Mecânica

31 de julho de 2013


Título Original: A Clockwork Orange
Gênero: Ficção Científica
Autor: Anthony Burgess
Ano: 1962
Editora: Aleph
Número de páginas: 200
Nota pessoal:
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Resolvi tomar vergonha na cara e ler livros que sempre quis e nunca dei a devida oportunidade e lá vamos nós com mais um clássico e aproveitando o tema do mês de Junho no Desafio Literário 2013 (confesso que só percebi quando bateu o desespero de não ter resenhado esse livro semana passada e com isso perdido o prazo para ler e resenhar o título escolhido para o tema, esqueci que além de fruta laranja é uma cor, tsc tsc tsc).

Sinopse:
A Laranja Mecânica, ´um relato autobiográfico de Alex, um jovem inteligente, admirador de Beethoven, sexo, drogas e ultraviolência, das piores maneiras possíveis, (mas o que se pode esperar de um garoto de quatorze anos?). Contra uma sociedade hipócrita, que longe de conseguir resolver suas contradições, se utiliza de métodos repressivos como se pudesse extirpar o "mal", ignorando que esse é inerente ao homem.

Citações que me chamaram a atenção:
"A bondade vem de dentro, 6655321. A bondade é uma coisa que se escolhe. Quando alguém não pode escolher, deixa de ser humano."
Crítica:
Mais um livro da série "livros clássicos que deveria ter lido antes". Porém, diferente do anteriormente resenhado esse foi uma completa novidade, afinal me recusei terminantemente a ver o filme, e até mesmo o trailer, antes de ler esse livro, ou seja, muuuuuito tempo que deixei de conferir uma história incrível.
Laranja Mecânica não é um livro de leitura fácil por dois motivos:
  1. A linguagem utilizada pelo narrador foi criada pelo escritor como um dialeto particular utilizado por Ganges.        
  2. As violências narradas são bastante cruéis, o que torna a leitura menos tortuosa é que devido sua linguagem acaba não sendo explícita.
Apesar desses aspectos o livro é imperdível e a todo momento fiquei torcendo pelo protagonista mas, diferente dos demais livros que já li, dessa vez torci mesmo para ele se ferrar muito. E isso tudo tornou a leitura ainda mais interessante. Afinal estou acostumada a torcer para as personagens se darem bem e terem finais felizes e com esse livro foi ao contrário. Uma experiência completamente nova para mim e que valeu muito a pena.
O livro retrata dor e sofrimento pelos olhos de uma pessoa que sente prazer com a maldade, preferencialmente quando essa é acometida a pessoas indefesas, a crueldade descarada e despreocupada dos infratores era por si desumana.
Na verdade esse livro foi recheado de experiências únicas e indescritíveis. Apesar de um livro tão cruel ele cumpre seu papel de mostrar um sistema corrupto e ainda mais sádico do que os próprios infratores. Uma política suja e desprezível. Um grande tapa na cara. Por que podemos perceber que toda essa hipocrisia deslavada e corrupção direcionada a população da década de 1960 pra cá não mudou nada.
Sem dúvida que este é mais um livro que considero de leitura obrigatória.

Curiosidades:
Anthony Burgess criou um dialeto horrorshow (legal) exclusivo para Alex e seus drugues (amigos), o que torna a leitura bastante original e bôgate (rica).
O livro foi adaptado para o cinema em 1971.

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